Brainfuck: a linguagem que frita o seu cérebro

O que é brainfuck?

Você já ouviu falar de brainfuck? Não, não é um palavrão, mas sim uma linguagem de programação esotérica, criada por Urban Müller em 1993. Essa linguagem é notada pelo seu extremo minimalismo, tendo apenas oito comandos, cada um formado por um único caractere. O objetivo de brainfuck é desafiar e confundir os programadores, e não ser útil para uso prático.

Como funciona brainfuck?

Brainfuck acessa a memória RAM através de células de memória, e um ponteiro que aponta inicialmente para a primeira célula. O tamanho de cada célula depende da implementação da linguagem, mas geralmente é de um byte. O ponteiro pode ser incrementado ou decrementado, assim como o valor da célula apontada. Além disso, a linguagem permite imprimir na tela o caractere correspondente ao valor da célula, ou ler da entrada padrão um caractere e armazená-lo na célula. Por fim, há uma estrutura de controle que repete os comandos enquanto a célula apontada for diferente de zero

Com esses comandos simples, é possível escrever programas complexos em brainfuck, como o famoso “Olá, Mundo!”, que imprime essa mensagem na tela. No entanto, esses programas são muito difíceis de entender e depurar, pois consistem em uma sequência de caracteres aparentemente aleatórios. Por exemplo, o código para o “Olá, Mundo!” em brainfuck é:

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Por que usar brainfuck?

Brainfuck é uma linguagem Turing completa, o que significa que ela pode computar qualquer coisa que uma máquina de Turing possa. Isso mostra que não é necessário ter uma linguagem complexa e cheia de recursos para ser poderosa. No entanto, isso também mostra que a simplicidade nem sempre é uma vantagem, pois pode tornar a programação uma tarefa árdua e frustrante.

Se você se interessou por brainfuck, saiba que existem muitas outras linguagens esotéricas, que exploram diferentes conceitos e paradigmas de programação. Algumas delas são inspiradas ou influenciadas por brainfuck, como Braintwist, L00P, PATH, Pbrain e SNUSP. Você pode encontrar mais informações sobre essas e outras linguagens no site Esolangs, que é uma wiki dedicada às linguagens esotéricas.

Mas cuidado: não se deixe levar pelo fascínio dessas linguagens, pois elas podem consumir o seu tempo e a sua sanidade. Lembre-se que elas são apenas um passatempo divertido e curioso, e não substituem as linguagens convencionais para uso prático. A menos que você queira realmente fritar o seu cérebro, é claro.

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